Relações Internacionais 2007

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

tópicos temáticos II [10/08 a 19/10]

10/08/2007

professor: Juliano
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA E SUA POLÍTICA EXTERNA

INTRODUÇÃO HISTÓRICA
A independência dos EUA é raiz para algumas questões, como a constituição americana (Founding Fathers). Na qual se incluem:
  • Princípio da Federação
  • Tripartidação do Estado (Checks & Balances à equilíbrio democrático)


Estes princípios influenciaram as constituições dos outros países do continente americano.
* Founding Fathers: pais fundadores, elaboradores da constituição. (Sistema Eleitoral Norte-Americano: componês qualquer não consegue se eleger, porque o candidato deve ser forte em todos os estados. Portanto, não é como no Brasil)
§* União que forma vários estados ≠ dos Estados que formam uma União = 13 Estados se unem e proclamam independência dos EUA.
A História dos EUA é muito bem documentada, ao contrario do Brasil, onde tudo foi mais na oralidade / A independência americana foi apoiada pela França, por esta queria desestabilizar Inglaterra, e via nos EUA um bom parceiro comercial.Monarquia Francesa apoiando independência de um país democrático?! População francesa não aceita isso com facilidade, e isso quebra a França financeiramente. Ou seja, a independência dos EUA antecipa revolução Francesa.
DOUTRINA MONROE: “América para os americanos”
Imperialismo Americano pós-Independência é direcionado para Oeste e Sul de seu próprio território e + uma parte do México. Depois o Hawaii, pois este era/ é um ponto estratégico no pacífico, e posteriormente o Alaska, comprado dos Russos, que é importante por causa do Estreito de Bëring.
POLÍTICA EXTERNA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA


ISOLACIONISMO X INTERVENCIONISMO
Ø 1ª Guerra Mundial – EUA só entra no final, por causa de sua política isolacionista da época. (“a guerra é dos europeus, então eles que lidem com isso”). Entretanto, a Guerra se torna lucrativa para os EUA, então com a retirada da Rússia em 1917, EUA acaba entrando na guerra.

>>>PARÊNTESES SOBRE AS GUERRAS<<
EUA declarou guerra 4x em sua história. 1ª – contra Espanha, para tomar posse do território do México, no imperialismo pós-independência. / 2ª – Contra o México, para tomar posse do norte mexicano, que hoje é o sul dos EUA (New Mexico, Califórnia, etc.) / 3ª – 1ª Guerra Mundial / 4ª - 2ª Guerra Mundial, quando declara guerra ao Japão.
Como os EUA entram em guerra, sem declarar guerra? Poder de declarar guerra é do Congresso, porque uma pessoa não pode ter o poder de colocar um país contra o outro – isso é muito perigoso. MAS, na constituição diz que o presidente é o comandante chefe das forças armadas. Então o presidente pode mover Forças Armadas pelos interesses do país, ou seja, o presidente pode promover ação militar e o congresso depois de 60 dias, deve votar essa ação. ( numa emergência, não se pode esperar os 60 dias de trâmites de aprovação do congresso, por isso o presidente pode organizar essa ação militar, que depois será votada pelo congresso). Após isso o congresso pode votar se aprova ou não essa ação militar. MAS, se o congresso vota contra, as verbas para o exército em campo são cortadas, e os soldados ficam sem amparo, morrem de fome, etc. Por isso, o congresso acaba se obrigando a aprovar a verba. (Essa é a argumentação de Bush utiliza para conseguir cada vez mais $$ para sustentar sua guerra no Iraque. “O congresso deixará nossos “boys” passando fome”, e o congresso então se obriga a liberar mais e mais verbas) – Iraque é a segunda guerra mais cara para EUA, só perdendo para 2ªG.M.
Ø EUA entra na 1ª Guerra Mundial, fazendo parte da aliança “vencedora”. E aí vem o Tratado de Versalhes. O qual os Estados Unidos não assinam, pois não concordam com o caráter punitivo do mesmo. O então presidente Woodrow Wilson, cria os “14 pontos de Wilson”.
Ø Os 14 pontos de Wilson, basicamente dizem que os EUA têm que mudar suas concepções internacionais – ideais de democracia, a paz internacional deve ser buscada através de instituições multilaterais. Os 14 pontos aconselham atitudes como o fim da diplomacia secreta, Instituições Multilaterais (como a Liga das Nações), Nova divisão do Sistema Internacional com base no conceito de Nação ( Wilson achava que os conflitos se davam por interesses de nações que divergiam).
Ø Entretanto, na 1ª G.M os EUA ainda não abandonam seu isolacionismo. Prova disso é que não aderiram a Liga das Nações.

17/08/2007
>>PARENTESES PARA ATUALIDADE<<
Putin diz que vai voltar a enviar patrulhas de vigilância em seus céus, para se prevenir de qualquer coisa à quase como uma nova Guerra Fria.
Hoje Bolsas asiáticas fecharam na maior queda dos últimos 20 anos à Hoje governo americano baixou as taxas de juros e repassou para os bancos. Isso gerou + segurança para os investidores, e o dólar fechou em alta (não na melhor alta, mas pelo menos o dólar subiu.)
CONTINUAÇÃO DA MATÉRIA
CRONOLOGIA:

->1815 – CONGRESSO DE VIENA: 1ª tentativa de estabelecer paz, antes da 1ª Guerra Mundial. Cinco potências da Europa dividem áreas de Influência, o que gera equilíbrio de poder. Chamado de Concerto Europeu. – EUA continuam isolacionistas
->1818 – LIGA DAS NAÇÕES (instituição autônoma multilateral) – Tentativa de estabelecer paz, pós 1ªG.M. ** Os EUA, isolacionistas, como sempre, não quiseram bancara criação de uma instituição multilateral, e não achavam que a necessidade de paz fosse parte da realidade norte-americana. / Achavam que a Liga das Nações podia frear influência (Pois L.N tinha mais poder de influência do que tem a ONU, hoje). A Liga das Nações foi criada pelos países europeus, mas não vingou porque não teve apoio americano. – EUA continuam isolacionistas
->1929 – CRASH DA BOLSA – CRISE DE 29: Superprodução e um baixo consumo interno à queda da bolsa. A superprodução vem das vantagens adquiridas pela 1ª G.M, e o baixo consumo, pela falta de consumo externo (Europa estava acabada após a 1ª Guerra), e interno (baixo poder aquisitivo da população). Isso faz com que EUA percebam que necessitam da Europa (como mercado consumidor), e iniciam, lenta e gradativamente, um processo de abandono de sua política isolacionista.
Conseqüências da Crise de 29: Falência de empresas, fome, alto índice de suicídios. Nota-se necessidade de remodelar a economia:
->1930 – NEW DEAL: Na década de 30, o presidente Franklin Roosevelt instaura medidas protecionistas (isola mais ainda o país), para isolar competitividade internacional e poder re-industrializar o país internamente, com o objetivo de gerar empregos. O Estado passa a intervir na economia, pegando o lucro das empresas americanas e investindo tudo em industrialização. (alguns autores dizem que o new deal só deu certo devido à 2ª Guerra Mundial, porque ela aumentou as exportações americanas para Europa.). Roosevelt trabalha a infra-estrutura do país, dá maior proteção às fronteiras, investindo no exército, pois antes da 2ª Guerra, não tinham um exército bem desenvolvido, achavam que só tinham que cuidar das costas (por isso, só a marinha era forte). Muito embora esse plano recoloque a economia nos eixos, provoca um isolamento maior ainda. Entretanto, após consolidar economia interna os EUA começam a preparar suas indústrias para a guerra (ou seja, para o mercado externo), principalmente as indústrias de bens duráveis e bélica.
A partir do New Deal, começam a desenvolver e solidificar sua condição de potência.
31/08/2007
è Após a 1ªG.M, há superprodução, e escassez de mercado consumidor, o que leva a crise econômica.
Ø 2ª Guerra Mundial: EUA não entraram no começo, pois a opinião pública era contra a guerra. Então aumenta rivalidade entre Japão e EUA, principalmente devido à expansão Japonesa sobre a China.
Ø O Japão desenvolve seu expansionismo na Ásia, mesmo contra a vontade da maioria dos países. Mas então, EUA insere o Japão num embargo econômico ferrenho.
PARÊNTESES SOBRE JAPÃO X EUAEm 1931, o Japão impôs um Estado controle por si na Manchúria conhecido como Manchukuo. A Liga das Nações, os Estados Unidos, o Reino Unido, a Austrália e os Países Baixos, todos dos quais com interesses territoriais no Sudoeste da Ásia, desaprovaram os ataques japoneses contra a China, e responderam com condenação e pressão diplomática. O Japão protestou e retirou-se da Liga das Nações. Em Julho de 1939, os EUA aumentaram a pressão ao terminarem o tratado comercial estadunidense com o Japão, que tanto mostrou oficialmente a posição dos EUA como removeu quaisquer barreiras legais contra embargos. O Japão continuou com a sua campanha militar na China e assinou o tratado Anti-Comintern com a Alemanha Nazista, formalmente acabando com as hostilidades do fim da Primeira Guerra, e declarando interesses comuns entre os dois países. Em 1940, o Japão assinou o Pacto Tripartite com a Alemanha Nazista e a Itália fascista para formar os poderes do Eixo. Essas ações levaram os EUA a criarem embargos contra as importações japonesas de metal e gasolina e fechassem o Canal do Panamá a embarcações japonesas. A situação continuou a agravar-se, e em 1941 o Japão avançou para o norte da Indonésia. O governo estadunidense respondeu congelando todos os bens japoneses nos EUA e iniciaram um embargo completo às importações japonesas de petróleo. O petróleo era provavelmente o recurso mais crucial do Japão, devido aos seus próprios recursos petrolíferos serem bastante limitados e 80% das importações japonesas de petróleo vinham dos EUA. Certamente a Marinha Imperial Japonesa dependia inteiramente de petróleo importado. O Japão sentiu que teria de escolher entre aceitar os termos dos EUA e do Reino Unido — retirando-se assim da China e dos territórios à volta dela — ou continuar o seu expansionismo. O governo imperial japonês, que tinha opções militares preparadas, decidiu as executar, entrando em guerra com os EUA, o Reino Unido e a Holanda.
Ø 1941 - 7 DE DEZEMBRO – ATAQUE A PEARL HARBOR: Na manhã do ataque, um novo radar instalado apenas uns dias antes do ataque indicou a presença dos aviões japoneses, mas o aviso foi confundido com a chegada prevista de um grupo de aviões dos EUA. Alguns aviões estadunidenses foram abatidos à medida que a força de ataque se aproximava. Mas todos os avisos encontravam-se à espera de confirmação quando o ataque começou (às 07:53 - hora local - de 7/12, que no horário padrão Japonês correspondia às 03:23 de 8 /12). O ataque a Pearl Harbor teve apenas um pequeno impacto militar devido ao insucesso da Marinha Imperial Japonesa no seu objetivo de afundar os porta-aviões. Mas mesmo que estes tivessem sido afundados, o Japão poderia não ter sido muito beneficiado, a longo prazo. O ataque firmemente apontou os Estados Unidos e a sua economia massiva industrial para a Segunda Guerra Mundial, conduzindo à derrota mundial das forças do Eixo.
Ø 2ª GUERRA MUNDIAL: EUA entra pela Normandia (França), e a guerra acaba. Logo após o Dia D, em 1945;
Ø A partir daí EUA abandona política isolacionista, e passa a intervir no sistema internacional. (notam necessidade da Europa como mercado consumidor, para evitar nova crise econômica)
Ø Construção da Bomba Atômica (Harry Truman) à grande influência dos EUA, demonstração do poder norte-americano: Bombas atômicas no Japão à dominação dos EUA no Japão de 1945-52


INTERVENÇÃO NORTE-AMERICANA NO SISTEMA INTERNACIONAL
Ø Institucionalização: Colocar em prática o poderio dos EUA
Ø Acordos de Bretton Woods (U.S e U.K são as potências de maior destaque) / Keynes: “o país que participasse mais do comércio exterior doaria mais para a instituição” – idéia dos EUA proporcional ao PIB (na época, o PIB dos EUA era 60% do PIB mundial)
Ø CONFERÊNCIA DE BRETTON WOODS: definindo o Sistema Bretton Woods de gerenciamento econômico internacional, estabeleceram em Julho de 1944 as regras para as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo. O sistema Bretton Woods foi o primeiro exemplo, na história mundial, de uma ordem monetária totalmente negociada, tendo como objetivo governar as relações monetárias entre Nações-Estado independentes. Preparando-se para reconstruir o capitalismo mundial enquanto a Segunda Guerra Mundial ainda grassava, 730 delegados de todas as 44 nações aliadas encontraram-se no Mount Washington Hotel, em Bretton Woods, New Hampshire, para a Conferência monetária e financeira das Nações Unidas. Os delegados deliberaram e finalmente assinaram o Acordo de Bretton Woods (Bretton Woods Agreement) durante as primeiras três semanas de julho de 1944.
ACORDOS DE BRETTON WOOD: Definindo um sistema de regras, instituições e procedimentos para regular a política econômica internacional, os planificadores de Bretton Woods estabeleceram o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (International Bank for Reconstruction and Development, ou BIRD) (mais tarde dividido entre o Banco Mundial e o "Banco para investimentos internacionais") e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Essas organizações tornaram-se operacionais em 1946, depois que um número suficiente de países ratificou o acordo.
As principais disposições do sistema Bretton Woods foram, primeiramente, a obrigação de cada país adotar uma política monetária que mantivesse a taxa de câmbio de suas moedas dentro de um determinado valor em termos de ouro, e em segundo lugar, a provisão pelo FMI de financiamento para suportar dificuldades temporárias de pagamento.
Diante de pressões crescentes na demanda global por ouro, ocasionadas pela inflação combinada com a fixação do preço do ouro, o sistema entrou em colapso em 1971, em seguida à suspensão pelos Estados Unidos da convertibilidade do dólar em ouro.
Ø PRINCÍPIO DO LIVRE COMÉRCIO – pelos EUA (OMC) – reduções tarifárias internacionais/ Criação do GATT - Acordo Geral de Tarifas de Comércio - General Agreement on Tariffs and Trade - estabelecido em 1947, tendo em vista harmonizar as políticas aduaneiras dos Estados signatários. Está na base da criação da Organização Mundial de Comércio (OMC). É um conjunto de normas e concessões tarifárias, criado com a função de impulsionar a liberalização comercial e combater práticas protecionistas, regular, provisoriamente, as relações comerciais internacionais.
Ø CRIAÇÃO DA ONU – carta de São Franciso - fundada oficialmente em 24 de Outubro de 1945 em São Francisco, Califórnia por 51 países, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. A primeira Assembléia Geral celebrou-se a 10 de Janeiro de 1946
14/09/2007
Ø CONFERÊNCIAS DE YALTA E POTSDAM (1945): Após 2ª Guerra, destinadas a reconstrução do mundo. (re-divisão de territórios, organização européia). Churchill, Stálin/ Roosevelt – divisão de Berlim em zonas de influência. Alemanha não podia ser punida como foi na 1ª Guerra, deveria ser reconstruída.
>> YALTA: Conferência de Yalta é composta de um conjunto de reuniões ocorridas entre 4 e 11 de fevereiro de 1945 na estação balneária de Yalta, nas margens do mar Negro, na Criméia. Os chefes de Estado dos EUA (Franklin D. Roosevelt) e da URSS (Josef Stalin), e o primeiro-ministro do Reino Unido (Winston Churchill) reuniram-se em segredo em Yalta para decidir o fim da Segunda Guerra Mundial e a repartição das zonas de influência entre o Oeste e o Leste. Em 11 de fevereiro de 1945, eles assinam os acordos cujos objetivos são de assegurar um fim rápido à guerra e a estabilidade do mundo após a vitória final. As diretrizes afirmadas nesta reunião determinaram boa parte da ordem durante a Guerra Fria, precisando as zonas de influência e ação dos blocos capitalista e socialista.
>> POTSDAM: A Conferência de Potsdam ocorreu em Potsdam, Alemanha (perto de Berlim), entre 17 de Julho e 2 de Agosto de 1945. Os participantes foram os vitoriosos aliados da II Guerra Mundial, que se juntaram para decidir como administrar a Alemanha, que se tinha rendido incondicionalmente nove semanas antes, no dia 8 de Maio. Os objetivos da conferência incluíram igualmente o estabelecimento da ordem pós-guerra, assuntos relacionados com tratados de paz e o contornar os efeitos da guerra.


RIVALIDADE ENTRE EUA X URSS (1947) – GUERRA FRIA
Truman pressente que URSS não vai reconstruir sua zona de influência em Berlim como deveria. E de fato, URSS e ao invés de reconstruí-la, domina-a, e torna-a zona de influencia comunista. Então Truman cria mecanismos de contenção do comunismo: Doutrina Truman e Plano Marshall. E assim, capitalistas e comunistas começam a medir forças.
Ao final da Segunda Guerra Mundial, os países europeus entraram em declínio, coincidindo com a ascensão dos Estados Unidos e da União Soviética enquanto potências no palco das relações internacionais.Winston Churchill, estadista britânico, foi o primeiro a perceber o perigo da ameaça comunista, iniciando fortes pressões para que o Ocidente encontrasse uma estratégia para deter o avanço soviético.Em resposta à atitude britânica, o então presidente norte-americano, Harry S. Truman pronunciou, em 12 de Março de 1947, diante do Congresso Nacional daquela nação, um violento discurso assumindo o compromisso de defender o mundo capitalista contra a ameaça comunista. Estava lançada a Doutrina Truman e iniciada a Guerra Fria que propagou para todo o mundo o forte antagonismo entre os blocos capitalista e comunista. Em seguida, o secretário de estado George Catlett Marshall anunciou a disposição dos Estados Unidos de efetiva colaboração financeira para a recuperação da economia dos países europeus. Truman propôs a concessão de créditos para a Grécia e a Turquia, com o objetivo de sustentar governos pró-ocidentais naqueles países.

Ø DOUTRINA TRUMAN (1947) – criada pelo vice-presidente Harry. S. Truman (Roosevelt morre). Chamada inicialmente de Doutrina de Auxílio aos Povos Livres tinha basicamente o propósito de conter a expansão do comunismo junto aos chamados "elos frágeis" do sistema capitalista. – telegramas de George Kenan (Sr X), diplomata dos EUA, denuncia planos russos de ocupação de territórios europeus (leste) e aumento de território.

Ø PLANO MARSHALL, um aprofundamento da Doutrina Truman, conhecido oficialmente como Programa de Recuperação Européia, foi o principal plano dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial. A iniciativa recebeu o nome do Secretário do Estado dos Estados Unidos, George Marshall.

Ø AMBOS SIGNIFICAM ESFORÇOS CONTRA COMUNISMO.



19/10/2007
GUERRA FRIA
URSS à Dominava militarmente seus dependentes (era uma dominação direta)
EUA àDominavam por influências (econômica, cultural e política) seus dependentes, e não por dominação militar.EUA não usava-se de forças militares para dominação pois dominação militar seria muito caro, era mais rentável conquistar dominação econômica, cultural e política. Por isso importam conhecimento, cientistas e etc. E propagam a cultura através da mídia, indústria cinematográfica e musical, entre outros.
E com isso, consolidam liderança no sistema internacional.
Essa liderança se torna complicada pois após 2ª G.M os Estados voltam a se desenvolver, crescer e passam a não aceitar com tanta passividade essa influência americana. (principalmente da década de 60 para frente). Alguns exemplos são, que na França, com a entrada do presidente nacionalista passa-se a rejeitar os estrangeirismos, como a música, e cinema americano.
Há também o exemplo da Revolução Cubana, na década de 50 (revolução nacionalista, que visa valorizar mais a cultura e independência de Cuba), que pende para o lado soviético.
Há a Conferência de Bandung (Indonésia): países subdesenvolvidos se reúnem sem presença dos países desenvolvidos à passam a voltar as discussões, não mais sobre a guerra e corridas armamentistas, e sim sobre subdesenvolvimento, fome e pobreza. à formam então os “Países não-alinhados”.
Década de 60:
Acentua-se um processo de “rompimento” com política americana à aumenta o numero de iniciativas de política externa independente.
Um exemplo disso é que em 1963 Araújo Castro (então ministro das relações exteriores do Brasil) abre o discurso da assembléia geral da ONU com o discurso de:Descolonização, Desarmamento, Desenvolvimento. O discurso fala sobre a necessidade do Brasil se tornar mais independente dos EUA e outros países desenvolvidos.

REAÇÃO AMERICANA EM RELAÇÃO À REJEIÇÃO PROGRESSIVA DA INFLUÊNCIA NORTE-AMERICANA:
NO CASO DA REJEIÇÃO DOS PAÍSES DESENVOLVIDOS:
Exemplo: Alemanha àinicia um processo chamado hostpolitik que consiste numa aproximação soviética.Os EUA permitem a aproximação, por se tratar de um país central para os interesses americanos no sistema internacional.
NO CASO DA REJEIÇÃO DOS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS
Exemplo: Brasil à Em Agosto de 1961, Jânio Quadros (presidente de direita) renuncia, e entra seu vice, João Goulart (presidente de esquerda). Goulart instala política externa independente. Isso preocupa os EUA que começam a negociar com todos os poderes que faziam parte da oposição: Desde pessoas a empresas, e especialmente os militares. Então em 1963 EUA assinam, com o Ministério das Relações Exteriores, e sem o conhecimento do Presidente do Brasil (Goulart), um acordo que garantia ajuda militar; e assim “financiam” o golpe de 64 (Março de 1964). (na época em que o acordo é assinado, é quando Kennedy morre e Johnson assume).
Chile, Argentina, e outros países também tiveram, nesse mesmo período, golpes militares apoiados pelos EUA.


PORTANTO, Ponto Central da Guerra Fria não foi exatamente a divisão do mundo em Socialista X Capitalista e sim, DIVISÃO DO MUNDO EM ZONAS DE INFLUÊNCIA DAS DUAS MAIORES POTÊNCIAS DA ÉPOCA.


** REVOLUÇÃO CUBANA: Foi um movimento Nacionalista e não socialista. Fulgêncio Batista atendia a interesses americanos e deixava população passar fome, por isso houve revolução.
Isso incomoda EUA porque Cuba era o “quintal” norte americano. Onde ficavam os resorts de férias, assim como Guantánamo, que já era sediada em Cuba, entre outros interesses. (sem contar que Cuba fica há apenas 40 KM de Key West)
Então quando Fidel e Che promovem a revolução, pedem mais autonomia na tomada de decisões sobre Cuba. Eisenhower diz que não. Então Fidel recorre à URSS, que se interessa em ter um aliado tão próximo dos EUA, então apóiam Cuba. “O movimento desencadeado por Castro não se contentava apenas em reformar a estrutura política do país, mas pretendia realizar uma profunda transformação social, que implicava afetar os históricos interesses norte-americanos investidos na ilha. Castro foi taxado imediatamente de pró-comunista e o governo Eisenhower deu início ao processo de desestabilização do novo governo por meio do Projeto Cuba que recebeu inicialmente uma verba de U$ 13 milhões de dólares.”

EUA tentam tirar Fidel do poder de várias formas. Um exemplo disso foi a Crise da Baía dos Porcos. Na qual EUA dão treinamento militar para forças cubanas contra-revolucionárias formadas por ex-integrantes da ditadura de Batista exilados em Miami, na Flórida e programam a invasão, que acontece, mas é um fracasso, pois as forças contra-revolucionárias são rechaçadas pelos guerrilheiros; e a mídia descobriu que EUA estava por trás da invasão.

CRISE NA BAÍA DOS PORCOS: A crise na Baía dos Porcos, ocorrida em Cuba, em 17 de abril de 1961, foi uma invasão organizada pela CIA para derrotar os exilados cubanos, mas que acabou sendo derrotada pelo exército cubano.

A CRISE DOS MÍSSEIS: começou no dia 16 de Outubro de 1962,quando um avião espião U-2 norte-americano, descobriu bases de mísseis soviéticos instalados em Cuba.Dois dias depois por ordem direta do Presidente Kennedy, ao largo da ilha de Vieques, perto de Porto Rico, a Marinha, a Força Aérea e os fuzileiros navais deram início a uma das maiores manobras conjuntas já realizadas. Na Casa Branca, o tempo passava sem qualquer tipo de explicação para tamanhas manobras.
No dia 22 de Outubro de 1962, o presidente afirmou que algumas das instalações descobertas tinham sido construídas para acomodar armas de alcance médio que poderiam arrasar "a maioria das grandes cidades da América".
Dizendo que a construção das bases era "uma ameaça clandestina, irresponsável e provocativa à paz mundial", Kennedy anunciou que imporia a Cuba um bloqueio naval e aéreo, a fim de impedir o embarque de mais equipamento militar. Exigiu a retirada de todas as armas ofensivas da ilha. E ameaçou a União Soviética de retaliação, se Cuba lançasse mísseis contra qualquer país das Américas.


A partir da crise dos mísseis EUA percebem que por meio de armas não resolveriam Guerra Fria. Então instala-se a linha vermelha, ou seja, negociação direta entre EUA e URSS, que caracteriza o chamado período de Detente. Nesse período que formaram-se diversos acordos entre URSS e EUA, como por exemplo o TNP (tratado de não-procriação nuclear).

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